todas as minhas caras são feias
eu rio e os meus dentes amarelos são feios
eu rio e os meus dentes amarelos são feios
eu reclamo a brisa seca das manhãs
eu reclamo ter que acordar todas as manhãs
eu reclamo não foder todas as manhãs
eu reclamo as flores arrancadas do meu jardim
todas as minhas caras são feias
[eu tento fazer um poema, cara]
eu bebo dou cambalhotas
viro estrelas tiro a camisa
[não, mãe, não tira]
e todas as minhas caras são feias
eu rio e os meus dentes amarelos são feios
eu rio e os meus dentes amarelos são feios
eu reclamo a brisa seca das manhãs
eu reclamo ter que acordar todas as manhãs
eu reclamo não foder todas as manhãs
eu reclamo as flores arrancadas do meu jardim
todas as minhas caras são feias
[eu tento fazer um poema, cara]
eu bebo dou cambalhotas
viro estrelas tiro a camisa
[não, mãe, não tira]
e todas as minhas caras são feias
te digo beibe melhore
mas nada melhora
[não bebe, mãe]
eu vou trabalhar
eu vou estudar
[não bebe, mãe]
eu não quero ler nenhum livro
já entendi
eu vou trabalhar
vou fazer tapioca com sal demais
vou fazer bifum com sal de menos
está sempre um frio a mais
todas as minhas caras são feias
e não importa se eu corro rio morro
todas as minhas caras são feias
a minha filha dorme [...]
mas nada melhora
[não bebe, mãe]
eu vou trabalhar
eu vou estudar
[não bebe, mãe]
eu não quero ler nenhum livro
já entendi
eu vou trabalhar
vou fazer tapioca com sal demais
vou fazer bifum com sal de menos
está sempre um frio a mais
todas as minhas caras são feias
e não importa se eu corro rio morro
todas as minhas caras são feias
a minha filha dorme [...]
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